Aspectos gerais sobre publicidade e propaganda

ASPECTOS GERAIS SOBRE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

BIBLIOGRAFIA: RABAÇA, Carlos Alberto & BARBOSA, Gustavo Guimarães. “Dicionário de comunicação”. Rio de Janeiro: Campus, 2001. /// SAMPAIO, Rafael. “Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso”. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Segundo os autores RABAÇA & BARBOSA (2001) a PROPAGANDA pode ser definida como “comunicação persuasiva”, ou seja: ela compreende um conjunto de técnicas e atividades de persuasão que têm como objetivo influenciar as opiniões, os sentimentos e as ações das pessoas. Já a PUBLICIDADE tem como objetivo tornar público um determinado conteúdo, independentemente de sua influência em relação ao público. Isto porque, historicamente, a palavra PROPAGANDA se liga às técnicas da Igreja Católica e às estratégias políticas, uma vez que o sentido da palavra (propagar, multiplicar, estender) indica o ato de incutir crenças e disseminar ideologias; ao passo que a palavra PUBLICIDADE tem suas origens ligadas a questões jurídicas, que buscavam o ato de divulgar informações para o público. Atualmente, porém, as duas palavras comportam um significado comercial, que indica a forma de divulgação de produtos e serviços através de anúncios (pagos, na grande maioria das vezes).
É por isso que SAMPAIO (1999: p.24) define propaganda como “a manipulação planejada da comunicação visando, pela persuasão, promover comportamentos em benefício do anunciante que a utiliza”. Isto equivale a dizer que a função da propaganda é informar (idéia associada à publicidade) e despertar interesse em quem consome. Seus diferentes aspectos envolvem o entendimento sobre três termos: “advertising”, que é o anúncio comercial para a divulgação e o consumo de bens ou de mensagem de utilidade pública que busca a promoção de ações úteis à comunidade; “publicity”, que é a informação veiculada editorialmente (sobre pessoas, produtos, eventos) sem que se pague por isso; e “propaganda” de cunho político, religioso ou ideológico que busca disseminar determinadas idéias. “Na maioria das vezes, no entanto, propaganda é a divulgação de um produto ou serviço com o objetivo de informar e despertar interesse de compra/uso nos consumidores” (SAMPAIO: 1999, p.25). Neste processo estão envolvidos o anunciante (que busca o aumento de seus negócios), o consumidor (que deve ser informado e conquistado) e o veículo (para o qual a mensagem deve ser adequada).
De acordo com as idéias de SAMPAIO (1999), quando abordamos a propaganda cm objetivos promocionais, estamos nos referindo à venda de produtos ou serviços de uma determinada empresa. Esta atividade compreende as seguintes tarefas: 1) divulgação da marca, para torná-la mais íntima e conhecida entre os consumidores; 2) promoção da marca, para ressaltar seus aspectos competitivos; 3) criação de mercado para a marca, que se refere à conquista dos consumidores; 4) expansão do mercado, que é o aumento da massa de consumidores; 5) correção do mercado, que se refere à adequação das mensagens divulgadas para que os consumidores fiquem corretamente informados; 6) educação do mercado, que se refere à formação de um hábito de consumo; 7) consolidação do mercado, que é a manutenção de uma posição de vendas no mercado através do reforço das qualidades do produtos; e 8) manutenção do mercado, que é a resposta aos ataques e esforços da concorrência.
Mas, afinal, como se faz isso? Mais uma vez, é SAMPAIO (1999) que nos orienta. De acordo com o autor, é preciso, em primeiro lugar, definir os objetivos da propaganda, ou seja, deixar bem claro qual é a tarefa que ela deve cumprir e quais as informações que ela deverá utilizar para isto. Em segundo lugar, deve-se fazer um trabalho de pesquisa para definir quem são os consumidores, como eles reagem ao que vai ser anunciado, quais são os seus hábitos de consumo, qual é o seu perfil econômico/cultural/social, como a concorrência age sobre eles, qual é o valor que o produto ou serviço a ser anunciado tem para este consumidor e quais são os argumentos que mais mobilizam este perfil. A partir disso, entra-se na fase de planejamento, quando as informações da pesquisa são organizadas e a estratégia de ação é traçada para definir o que (qual conteúdo) será comunicado, a quem (qual consumidor), de que forma (anúncio, comercial), com que ênfase (pontos a serem ressaltados), com que argumentos (idéias persuasivas), de que modo (informando, lembrando, comparando), através de quais meios (rádio, TV, jornal, revista, internet) e quando (época do ano, dia da semana, horário).
É só a partir de todo este trabalho de concepção e planejamento que podemos partir para as etapas de criação e de mídia.SAMPAIO (1999) nos diz que a criação se refere à geração de idéias que comuniquem (de forma cativante, sucinta e surpreendente) o objetivo da propaganda. Esta etapa deve ser orientada por três critérios importantíssimos: 1) a criatividade, para que a propaganda tenha destaque junto a consumidor; 2) a pertinência, para que a propaganda atenda aos objetivos inicialmente definidos; e 3) emoção, para que a propaganda cative o consumidor, minando sua indiferença. Simultaneamente, deve-se fazer um planejamento de mídia, que irá definir em que meios de comunicação e em que veículos desses meios a propaganda será inserida, bem como suas posições (horário ou espaço) e seus formatos (tempo de comercial ou tamanho do anúncio) mais adequados. Aprovadas as idéias da criação e o plano de mídia, parte-se para a produção das peças da propaganda e a compra da mídia. Feita a veiculação, parte-se para a aferição dos resultados da propaganda, ou seja: depois desse trabalhão todo, é a resposta do público/consumidor que vai definir se tudo isto foi eficiente ou não.

Comentários

Anônimo disse…
Pati!!!
Claudio Hollanda finalmente conseguindo encontrar você mulher...será que você vai ler esse comentário!? Quero seu contato querida!
Bjs

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